quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Receita de Ano Novo de Carlos Drummond de Andrade

Para você ganhar um belíssimo Ano Novo

cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,

Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido

(mal vivido ou talvez sem sentido)

para você ganhar um ano

não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,

mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,

novo até no coração das coisas menos percebidas

(a começar pelo seu interior)

novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,

mas com ele se come, se passeia,

se ama, se compreende, se trabalha,

você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,

não precisa expedir nem receber mensagens

(planta recebe mensagens? passa telegramas?).

Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta.

Não precisa chorar de arrependido pelas besteiras consumadas

nem parvamente acreditar, que por decreto da esperança

a partir de janeiro as coisas mudem

e seja tudo claridade, recompensa,

justiça entre os homens e as nações,

liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,

direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um ano-novo que mereça este nome,

você, meu caro, tem de merecê-lo,

tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,

mas tente, experimente, consciente.

É dentro de você que o Ano Novo

cochila e espera desde sempre.

________________________________________________________________ *


quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Quisera, Senhor, neste Natal, armar uma árvore dentro do meu coração e nela pendurar, em vez de presentes, os nomes de todos os meus amigos.
Os amigos de longe e os de perto, os antigos e os recentes, os que vejo todos os dias e os que raramente encontro;
Os sempre lembrados;
Os que ficam esquecidos;
Os constantes e os intermitentes;
Os das horas difíceis e os das horas alegres;
Os que, sem querer, eu magoei, ou, sem querer, me magoaram;
Aqueles a quem conheço profundamente e aqueles de quem me são conhecidas apenas as aparências;
Os que pouco me devem e aqueles a quem muito devo;
Meus amigos jovens e meus amigos velhinhos;
As crianças, minhas amigas queridas, as mães das labutas da vida;
Meus amigos, homens maduros, também nas lutas de cada dia;
Meus amigos humildes e os amigos importantes;
Os nomes de todos os que já passaram pela minha vida;
Os que me admiram e me estimam sem eu saber;
E os que eu amo e estimo sem lhes dar a entender;
Quisera, Senhor, neste Natal, armar uma árvore de raízes muito profundas para que os seus nomes nunca mais sejam arrancados da minha vida;
Uma árvore de ramos muito extensos para que novos nomes, vindos de todas as partes, venham juntar-se aos já existentes;
Uma árvore de sombra muito agradável para que a nossa amizade seja um monumento de repouso no meio das lutas da vida.

(Carlos Drummond de Andrade)
 

FELIZ NATAL, UM PRÓSPERO ANO NOVO!
E QUE VENHA 2011!!!!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Imagem: Arquivo pessoal


"A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar...

No entanto, vale a pena suportar algumas larvas para conhecer a alegria das borboletas...

O mundo do amor está ao alcance de suas mãos, queres conhecê-lo? Cativa-me então..."

Carlos Afonso Schimitt

domingo, 19 de dezembro de 2010

Como me tornei mulher demais para ele



"Depois de um bom tempo dizendo que eu era a mulher da vida dele, um belo dia eu recebo um e-mail dizendo "olha, não dá mais". 

Tá certo que a gente tava quase se matando e que o namoro já tinha acabado mesmo, mas não se termina nenhuma história de amor (e eu ainda o amava muito) com um e-mail,não é mesmo? Liguei pra tentar conversar e terminar tudo decentemente e ele respondeu "mas agora eu to comendo um lanche com amigos".

Enfim, fiquei pra morrer algumas semanas até que decidi que precisava ser uma mulher melhor para ele. Quem sabe eu ficando mais bonita, mais equilibrada ou mais inteligente, ele não voltava pra mim? Foi assim que me matriculei simultaneamente numa academia de ginástica, num centro budista e em um curso de cinema.

Nos meses que se seguiram eu me tornei dos seres mais malhados,calmos,
espiritualizados e cinéfilos do planeta. E sabe o que aconteceu? Nada, absolutamente nada, ele continuou não lembrando que eu existia. Aí Achei que isso não podia ficar assim, de jeito nenhum, eu precisava ser ainda melhor pra ele, sim, ele tinha que voltar pra mim de qualquer jeito.
Decidi ser uma mulher mais feliz, afinal, quando você é feliz com você mesma, você não põe toda a sua felicidade no outro e tudo fica mais leve.

Pra isso, larguei de vez a propaganda, que eu não suportava mais, e resolvi me empenhar na carreira de escritora, participei de vários livros, terminei meu próprio livro, ganhei novas colunas em revistas,quintupliquei o número de leitores do meu site e nada aconteceu. Mas eu sou taurina com ascendente em áries, lua em gêmeos e filha única!

Eu não desisto fácil assim de um amor, e então resolvi que eu tinha que ser uma super ultra mulher para ele, só assim ele voltaria pra mim. Foi então que passei 35 dias na Europa, exclusivamente em minha companhia, conhecendo lugares geniais, controlando meu pânico em estar sozinha e longe de casa, me tornando mais culta e vivida.

Voltei de viagem e tchân,tchân, tchân, tchân: nem sinal de vida.

Comecei um documentário com um grande amigo, aprendi a fazer strip,cortei meu cabelo 145 vezes, aumentei a terapia, li mais uns 30 livros, ajudei os pobres, rezei pra Santo Antonio umas 1.000 vezes, torrei no sol, fiz Milhares de cursos de roteiro, astrologia e história, aprendi a nadar, me apaixonei por praia, comprei todas as roupas mais lindas de Paris.

Como última cartada para ser a melhor mulher do planeta, eu resolvi ir morar sozinha. Aluguei um apartamento charmoso, decorei tudo brilhantemente, chamei amigos para a inauguração, servi bom vinho e comidinhas feitas, claro, por mim, que também finalmente aprendi a cozinhar. Resultado disso tudo: silêncio absoluto.

O tempo passou, eu continuei acordando e indo dormir todos os dias querendo ser mais feliz para ele, mais bonita para ele, mais mulher para ele. Até que algo sensacional aconteceu. Um belo dia eu acordei tão bonita, tão feliz, tão realizada, tão mulher que eu acabei me tornando mulher demais para ele.

Ele quem mesmo?



* Desconheço o autor.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Há um tempo...


Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.
Fernando Pessoa

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão
Fernando Pessoa

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Evocações do Natal

É comum os hospitais, na semana que antecede o Natal, tentar mandar para casa o maior número possível de pacientes. No entanto, alguns sempre necessitam permanecer.

Esses são atendidos pelos médicos que se oferecem como voluntários para trabalhar na véspera e dia de Natal ou que obedecem à escala pré-fixada pela instituição hospitalar.

Naquele Natal, Rachel estava um tanto chateada. Por ser solteira, fora escalada para trabalhar naqueles dias, permitindo assim que seus colegas ficassem com seus cônjuges, filhos ou pais.

No dia de Natal, vários grupos de pessoas apareceram nas enfermarias e distribuíram lembranças aos pacientes. Contudo, ao cair da noite, eles se encontravam em suas casas.

O imenso hospital ficou em silêncio. Muitos leitos vazios. As poucas lâmpadas acesas nas mesas de cabeceira pareciam ilhas de luz na escuridão.

Rachel ia de um paciente a outro verificando o soro, indagando sobre sintomas, oferecendo medicamentos para a dor ou para dormir.

O Natal é uma época de muitas lembranças e vários dos pacientes desejavam falar sobre elas. Ela ouviu, naquela noite, muitas histórias.

Tristes umas, emocionantes outras. Até que chegou ao leito de Petey. Era um homem velho, a respeito do qual ninguém tinha bem certeza da idade.

Um andarilho, um desamparado. Nada mais trazia, quando chegara ao hospital, que a muda de roupa que o vestia.

Portador de enfisema crônico, os médicos o mantinham hospitalizado, evitando que ele retornasse ao frio intenso das ruas.

Era tímido e gentil. Alegrava-se por qualquer coisa e se mostrava agradecido pelos cuidados que recebia. Ele sorriu, ao vê-la.

Estendeu a mão, abrindo a gaveta da velha mesa de cabeceira, onde estavam guardados seus tesouros: um canivete, uma escova de dentes, uma lâmina de barbear, um pente, algumas moedas e duas belas laranjas, que ganhara naquela tarde.

Ele tomou de uma delas, estendeu para Rachel:

Dona doutora, feliz Natal.

Seus olhos demonstravam o enorme prazer que ele estava sentindo em ofertar-lhe a fruta. E, de repente, muitas lembranças acudiram à memória da médica.

Recordou de sua infância, dos Natais em que sentia essa mesma alegria em dar presentes. Algo seu. Especialmente preparado para a data, para alguém.

Tudo parecia tão distante. E tão perto. Lembrava-se de que tinha aprendido muitas coisas desde então, mas que também esquecera outras tantas.

Há muitos anos, seu avô lhe ensinara aquela mesma maneira de viver que Petey mostrava agora. Entretanto, ao longo dos seus anos de formação acadêmica, a voz de seu avô acabara sendo sufocada pelas vozes de seus familiares, de seus colegas, de seus professores.

Ela estendeu os braços e recolheu o presente, extremamente agradecida.

Feliz Natal, Petey. - disse comovida, os olhos cheios de lágrimas.

* * *

É preciso muito tempo até que nos conscientizemos de que os bens preciosos que temos para dar não foram aprendidos nos livros.

Também que a sabedoria de viver bem não é conferida aos alunos mais destacados nos estudos avançados.

Os verdadeiros professores andam por toda parte.

Basta saber colher as lições que sua sabedoria nos transmite, nos gestos desprendidos, simples, despojados.

Um gesto simples como estender a mão, sorrir, desejar feliz Natal.

Repartir o presente recebido, num gesto espontâneo de profunda gratidão.


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Fonte: http://www.reflexao.com.br/

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

dicas para ser feliz com até 140 caracteres

  Uma simples brincadeira, se tornou um guia. Esse texto está no blog da minha amiga Adri (http://elasevingacomomonologo.blogspot.com/)

Divirtam-se!!!


Lições escritas durante uma conversa/brincadeira no twitter. Não somos redatoras de nenhuma revista ou blog para mulheres, portanto não pensem que isso é certo, cada um é cada um e cada cabeça um sentença. Ao menos nos divertimos muito com isso. Agradecimentos a @MaisaGottardo quem começou com a brincadeira e pelos comentários da @GideGizelle , @TatianeDB e @evelisy

Lição n° 1: Nunca espera Nada de um homem! Assim sempre terá suas expectativas superadas!

Lição n° 2: Sem expectativas e sem fantasias. Apenas aproveite o momento e crie menos rugas.

Lição n° 3: Defina um alvo, mas não se prenda a ele. Amplie os horizontes, olhe ao redor.

Lição n° 4: Nunca saia pro crime! Vá se divertir. Homem é igual dinheiro, some quando mais queremos!

lição n°5: Não "trema" quando for falar com sua "vítima"! Sorria e tire onda! Lembre-se: um Homem não é um bicho de 7 cabeças, mas sim de 2.

Lição n° 6: Se Perder seu homem, a hora é agora, pois lembre-se: o Melhor de um relacionamento é a conquista! Hora de começar Tudo de Novo!

Lição N° 7: Seja você. Não faça coisas só para o agradar se quiser agradar alguém agrade a si mesma.

Lição n° 8: Não tenha problemas em sair sozinha. Se estiver afim, vá! Divirta-se! Pessoas Alegres atraem coisas Boas!

Lição n° 9: Aproveite a vida. Não se feche para as coisas boas. Não dependa de nada, muito menos de uma pessoa ou relacionamento.

Lição n° 10. Não perca uma oportunidade pq sua calçinha é bege! Se ele estivesse interessado em calcinha, iria até uma loja e não sair com vc!

Lição n° 11: Não siga conselhos ou regras, se estiver a fim vá fundo, a vida passa rápido demais para que desperdiçar oportunidades.

Não Risisti: n° 12: Não Procure um Homem Rico! Procure um inteligente e Criativo (se é que vc me entende)!

Lição n°13: Não tenha só um namorado, tenha 3: um rico, um inteligente e um gentil, porém todos criativos e tarados por você, obviamente.

Lição 14: Não procure um homem, deixe ele aparecer para você.

Lição 15: Não acredite que vc vai mudar a pessoa, afinal nem nossos pais conseguem nos mudar, imagina vc mudar outra pessoa. Não se engane.

Lição n°16: Não se Depile Pra ele, se Depile PRA VC!

Lição n° 17: Carência não se cura com companhia masculina.

Lição n°18: Vc não precisa de um namorado pra ser feliz! só de um pênis e dinheiro!

Lição n° 19: Mantenha-se longe de pessoas TÓXICAS, se vc nao sente bem com a pessoa ou ela te coloca para baixo, abandone o barco. Fuja loca!

terça-feira, 30 de novembro de 2010



"Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão... que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena”. 


(Mario Quintana)







Imagem: Flores do Jardim Botânico (Arquivo Pessoal)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Reinventando

Tem dias que a gente está incrivelmente complexa.
Tenho acordado tão cansada das mesmas coisas, tão repetidas, tão iguais.
Queria pegar uma estrada. Sem rumo. Queria viajar. Ir pra longe, longe ficar. Novas paisagens, um novo pôr-do-sol, em novas gotas de chuva me molhar.
Hoje eu queria vento no rosto, abraçar a liberdade sem medo de ser feliz.
Essa mesmice me sufoca. Tenho me sentido tão volúvel.
Preciso de uma nova paixão. Não, não é esse tipo de paixão. Meu coração está completo e transborda amor e sei que é correspondido.
Mas preciso me apaixonar por algo que me faça sair dessa inércia, que me movimente, que me faça levantar inspirada todos os dias.
Preciso de um novo sonho.
Preciso constantemente me reinventar.
Mudar o eixo me traz novas perspactivas.
Mudar o compasso me faz criativa.
Preciso sair do personagem e me olhar com amplitude, como se eu mesma fosse outra pessoa.
Preciso me reanalisar, para chegar a algumas conclusões que vivendo o personagem da vida não consigo chegar.

“Os velhos sonhos eram bons sonhos.
Não foram realizados, mas foi bom tê-los.”

Fonte: http://blog.gruponogues.com.br/2010/03/02/reinventado/

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Um pouquinho de Clarice

Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.

Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!


Não me mostre o que esperam de mim porque vou seguir meu coração, não me façam ser o que não sou.

Na verdade, sempre tive a necessidade de sentir a raiz firme das coisas.

Eu não sei muita coisa, mas tenho a meu favor tudo o que eu não sei.

O esquecimento das coisas é minha válvula de escape. Esqueço muito por necessidade.

O que não sei dizer é mais importante do que o que eu digo.

Entender é sempre limitado.

Preciso aprender a não precisar de ninguém.

Eu tenho tanto medo de ser eu. Sou tão perigosa. Me deram um nome e me alienaram em mim.

Ser um ser permissível a si mesmo é a glória de existir.
 

Terei que correr o sagrado risco do acaso. E substituirei o destino pela probabilidade.

Mas o que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesma.

(Clarice Lispector)






Imagem: TatianeDB (Arquivo Pessoal)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010



Cuidado com o que você deseja. Não pelo fato de não conseguir, mas pelo fato de não querer mais quando conseguir.

Autor: Desconhecido
Imagem: TatianeDB 

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

15 de outubro

Dia dos Professores

Profissão do coração, que escolhi, mas não atuo. 
Respeito e muito. Sempre me preocupei com a educação e meu sonho era poder colaborar por uma educação mais justa, completa. Dói ver nossas crianças tão carentes, de tudo. 

Mas não sei o que aconteceu, voltei ás minhas raízes que é a contabilidade. Contribuo usando o que aprendi no meu dia-a-dia, na minha vida. E ensinando o que posso para a minha filha.

Falar em professor, me faz lembrar alguém muito especial, uma mulher que esteve presente na minha vida, justamente na fase mais importante, na fase do descobrimento, das revelações, da transformação de uma criança em uma adolescente. Essa mulher se chama Eleidi. Ela foi minha professora de Inglês e Português, no antigo ginásio. Sabe aquele professora séria, que ninguém gosta? Engraçado, mas nos primeiros anos que tive aula com ela, eu tinha medo. Até que chegou a 8ª série, uma turma carente, unida, ela nos acolheu como seus filhos e cuidava de nós como nunca outro professor fez. Nos apresentou poesia, músicas, verdades... foi ela quem me apresentou a Legião Urbana, minha banda preferida. Nos chamava de "meus meninos" e "minhas meninas". 

De tempos em tempos, nossa turma se reencontra. Temos até uma comunidade no orkut. Encontrá-la sempre, independente de quantos anos passaram, é uma alegria imensa. Pensa naquela pessoa que você encontra na igreja, e 30 minutos são poucos pra conversar. E é como se você a visse sempre, tamanho é o carinho e a amizade que sentimos. Ela olha nos nossos olhos e diz se estamos bem ou não.

Já faz um bom tempo que não a vejo. Não sei se ela vai ler esse texto. Mas sei que ela vai sentir o carinho mesmo de longe.

Professora Eleidi, parabéns pelo seu dia! Você merece mais que um dia dos professores, por ser tão especial. Obrigada por tudo! Muito do que sou hoje, devo à você!!!!

PARABÉNS!!!

Nosso último encontro em 2009.

Em Dezembro de 1991.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

...

A vida é mesmo uma caixinha de surpresas
As pessoas que você menos espera te procuram, se declaram...
Era tudo o que você desejou um dia
E, no entanto, hoje não faz tanto sentido.

Ou é um amigo, ou você só o conhece de vista, ou é apenas um amigo virtual.
Mas, ainda não é aquela pessoa dos seus sonhos.
Ainda não é aquela pessoa que tocou o seu coração.

Tatiane DB

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Por que as pessoas entram na sua vida?


Pessoas entram na sua vida por uma "Razão", uma "Estação" ou uma "Vida Inteira". Quando você percebe qual deles é, você vai saber o que fazer por cada pessoa.

Quando alguém está em sua vida por uma "Razão"... é, geralmente, para suprir uma necessidade que você demonstrou. Elas vêm para auxiliá-lo numa dificuldade, te fornecer orientação e apoio, ajudá-lo física, emocional ou espiritualmente. Elas poderão parecer como uma dádiva de Deus, e são! Elas estão lá pela razão que você precisa que eles estejam lá. Então, sem nenhuma atitude errada de sua parte, ou em uma hora inconveniente, esta pessoa vai dizer ou fazer alguma coisa para levar essa relação a um fim. 

Ás vezes, essas pessoas morrem. 
Ás vezes, eles simplesmente se vão. 
Ás vezes, eles agem e te forçam a tomar uma posição. 
O que devemos entender é que nossas necessidades foram atendidas, nossos desejos preenchidos e o trabalho delas, feito. As suas orações foram atendidas. E agora é tempo de ir.

Quando pessoas entram em nossas vidas por uma "Estação", é porque chegou sua vez de dividir, crescer e aprender. Elas trazem para você a experiência da paz, ou fazem você rir. Elas poderão ensiná-lo algo que você nunca fez. Elas, geralmente, te dão uma quantidade enorme de prazer... Acredite! É real! Mas somente por uma "Estação".

Relacionamentos de uma "Vida Inteira" te ensinam lições para a vida inteira: coisas que você deve construir para ter uma formação emocional sólida. Sua tarefa é aceitar a lição, amar a pessoa, e colocar o que você aprendeu em uso em todos os outros relacionamentos e áreas de sua vida. É dito que o amor é cego, mas a amizade é clarividente.



(Desconheço o autor)

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Largo da Ordem

Eu passeando no Largo da Ordem.
Se existe um lugar que me deixa em paz, é andar no meio dessa multidão, tomar um cappuccino com amigos, admirar trabalhos manuais; fico encantada a cada barraca de como o ser humano consegue realizar obras tão bonitas.
Ando horas nessa feira e não me canso, muitas vezes não levo nada, e parece que ganhei o mundo.



Imagem de um caleidoscópio. Um pequeno detalhe que faz toda a difenrença.

Cada amigo que levo comigo, me faz enxergar algo novo, o caleidoscópio foi um deles. Sempre passei na frente  e nunca tinha parado pra ver. Com a minha última companhia, ficamos mais de meia hora observando os caleidoscópios, um mais lindo que o outro. E as crianças então, ficaram tão admiradas quanto nós duas.

Essa imagem é única, assim como eu, e como você!!!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Poderia Ser Pior

O dia apenas amanhecera e Jorge já se achava a meio caminho da empresa em que trabalhava.
 Os passos lentos e o olhar voltado para o chão, demonstravam a tristeza e o desalento de que estava possuído.
 Adentrou o local de trabalho alguns minutos antes do horário, e cumprimentou o colega, um tanto desanimado.
 Ao perceber a tristeza de Jorge o companheiro lhe perguntou interessado:
 - O que aconteceu com você? Seu olhar denuncia sentimentos amargos...
 - É verdade. Trago nos ombros o peso da desesperança...
 - À minha volta só acontecem desgraças e mais desgraças... Sinto-me impotente, e penso que sou o homem mais infeliz da face da terra.
 - Mas, afinal de contas, o que aconteceu? - Indagou o colega.
 - Ora, meu irmão mais novo contraiu grande dívida e fugiu sem deixar o endereço.
 Meu cunhado envolveu-se com assaltantes e está atrás das grades.
 O companheiro que ouvia atento, observou: mas podia ser pior...
 Jorge continuou:
 - Minha esposa, levianamente envolveu-se com um rapaz bem mais novo que ela, e abandonou o lar...
 - Mas podia ser pior... - Retrucou o colega.
 - Meu melhor amigo me traiu, espalhando calúnias a meu respeito...
 - No entanto, podia ser pior... - Falou novamente o companheiro.
 Jorge não suportou mais ouvir aquela afirmativa e perguntou um tanto irritado:
 - Ora, eu já lhe contei tantas desgraças e você só sabe dizer que podia ser pior? O que poderia acontecer que fosse pior?
 O amigo respondeu serenamente:
 - você falou que o seu irmão tomou um empréstimo e não honrou o compromisso...
 Que seu cunhado envolveu-se em assaltos...
 Que sua esposa o traiu...
 Que seu melhor amigo o caluniou...
 E eu posso afirmar com segurança que podia ser pior, se fosse você o autor de tantos desatinos...
 Jorge um tanto chocado, olhou longamente para o colega e respondeu meio reticente:
 - É... Podia mesmo ser pior...

Às vezes nos deparamos com situações que nos deixam tristes, porque sentimos o coração dilacerado pela traição, pela calúnia, ou pelos equívocos dos entes queridos.
Todavia, se já conseguimos permanecer fiéis à nossa própria consciência, poderemos oferecer apoio aos que ainda se debatem nas águas turbulentas dos vícios morais.
 ...............
 Ainda que a navalha da ingratidão nos dilacere o coração...
 Ainda que a desgraça dos seres amados comprima nosso coração afetuoso...
 Ainda que tenhamos que sorver a taça da calúnia, lembremos o exemplo maior de Jesus, diante da traição do amigo que com ele convivera por longos anos...
 Lembremos as lágrimas do Sublime Galileu diante do sofrimento alheio...
 E, por fim, lembremos a derradeira frase que proferiu do alto da cruz infamante: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem".
                 

Equipe de Redação do Momento Espírita
 www.momento.com

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Estava ouvindo essa música há poucos minutos, algumas frases coincidiram com o momento e decidi postar aqui.

É fácil alguém te julgar ou falar coisas sem te conhecer e ficar rindo à toa. Tenho pena dessas pessoas vazias que podiam estar contribuindo para um mundo melhor.

Vida Louca Vida

Cazuza

Composição: Lobão / Bernardo Vilhena
 
 
Vida louca vida
Vida breve
Já que eu não posso te levar
Quero que você me leve
Vida louca vida
Vida imensa
Ninguém vai nos perdoar
Nosso crime não compensa
Se ninguém olha quando você passa você logo acha 'Eu to carente'
'Eu sou manchete popular'
Tô cansado de tanta babaquice, tanta caretice
Desta eterna falta do que falar
Se ninguém olha quando você passa você logo acha que a vida voltou ao normal
Aquela vida sem sentido, volta sem perigo
É a mesma vida sempre igual
Se niguém olha quando você passa você logo diz 'Palhaço'
Você acha que não tá legal
Corre todos os perigos, perde os sentidos
Você passa mal
Vida louca vida
Vida breve
Já que eu não posso te levar
Quero que você me leve
Vida louca vida
Vida imensa
Ninguém vai nos perdoar
Nosso crime não compensa
Se ninguém olha quando você passa você logo acha 'Eu tô carente'
'Eu sou manchete popular'
Tô cansado de tanta caretice, tanta babaquice
Desta eterna falta do que falar
Vida louca vida
Vida breve
Já que eu não posso te levar
Quero que você me leve
Vida louca vida
Vida imensa
Ninguém vai nos perdoar
Nosso crime não compensa

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Viver conscientemente


Você já pensou na diferença entre viver e existir?

Embora uma análise superficial dos dicionários nos dê a impressão de que os dois termos têm significados iguais, uma busca atenciosa pode sugerir algumas diferenças.

Para viver, basta ter vida. Todos os seres orgânicos vivem.

Para existir é preciso um certo grau de consciência. É saber retirar da vida o que ela tem de melhor para a evolução do ser.

Um sábio da antigüidade expressou bem essa idéia sintetizando-a em uma frase célebre: "penso, logo, existo."

Existir pressupõe uma ação consciente, exige a ação do pensamento.

Existir é ser, estar, permanecer.

Sob esse ponto de vista, podemos nos questionar se existimos de fato ou simplesmente vivemos, passando pela vida de forma quase inconsciente.

Grande parte dos seres humanos vive sem dar a devida atenção às circunstâncias à sua volta.

Permitimos que a nossa existência se transforme num automatismo pernicioso e paralisante.

É como se, ao acordar pela manhã, ligássemos o "piloto automático" e nos deixássemos por ele conduzir, sem estar efetivamente desperto.

A tal ponto isso é real que, ao anoitecer, poucos se lembram dos fatos ocorridos no decorrer do dia.

E esse tipo de comportamento é extremamente prejudicial porque nos conduz ao final da vida física sem que tenhamos retirado dela os ensinamentos necessários.

Não é outro o motivo pelo qual as massas são facilmente conduzidas, tangidas pelas idéias dos que pensam e gostam de manipular seres distraídos.

É dessa forma que somos seduzidos pelos modismos, vícios, e outros interesses mesquinhos que surgem apontando soluções fáceis, mas ilusórias.

Vale a pena que demos outro sabor à nossa vida e passemos a existir conscientemente.

Refletindo no que é melhor para nós mesmos e para nossos familiares, amigos e vizinhos.

Não nos deixando levar por propostas infelizes que só nos farão sofrer mais tarde.

Procurando conjugar o verbo ser, ao invés de nos atermos somente no ter.

Analisar as mensagens veiculadas pela mídia, a fim de que possamos retirar as boas idéias e descartar as que complicarão as nossas vidas.

Assim, a opção será sempre nossa: passar pela vida como autômatos ou existir com consciência desperta.

Aquele que opta por viver como outro ser orgânico qualquer, teme a morte física. Mas aquele que existe de forma consciente, passa a aduana do túmulo com lucidez e segue existindo.

Pense nisso!

Há pessoas que vivem praticamente do estômago para baixo. Comem, bebem, fazem sexo, torcem para seu time favorito, brigam por ele, dormem e, por fim, morrem.

Esses são os chamados "homens fisiológicos".

Só pensam em si mesmos. Encaram o trabalho como uma obrigação e não ensinam a ninguém o pouco que sabem.

E há os homens psicológicos. São aqueles que, sem deixar de atender as funções fisiológicas, têm muita fome intelectual.

Lêem bastante, meditam, raciocinam, iluminam a mente com idéias salutares e contribuem positivamente para um mundo melhor.

Seu trabalho é eficiente e geralmente fazem o que podem para ensinar aos colegas tudo o que sabem.

São pessoas que existem de forma consciente. Têm, no dizer de Jesus, olhos de ver e ouvidos de ouvir.

Pense nisso!

http://www.reflexao.com.br/

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

"Justo quando a lagarta pensou que o mundo tinha acabado, ela virou uma linda borboleta"... 
de Lamartine

Imagem: Arquivo Pessoal

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Não gosto da vida em banho-maria, gosto de fogo, pimenta, alho, ervas, por um triz não sou uma bruxa."(Martha Medeiros)

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Um dia você aprende que...

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se, que companhia nem sempre significa segurança,
e começa a aprender que beijos não são contratos, e que presentes não são promessas.
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança;
aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo, e aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...
aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais, e descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida;
aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida, e que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que eles mudam; percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar-se com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde se está indo, mas se você não sabe para onde está indo qualquer lugar serve.
Aprende que ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se; 
aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas  do que com quantos aniversários você celebrou;
aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha;
aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens;
poucas coisas são tão humilhantes... e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando se está com raiva se tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém; algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás, portanto, plante seu jardim e decore sua alma ao invés de esperar que alguém lhe traga flores, e você aprende que realmente pode suportar...
que realmente é forte e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
Descobre que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.

 

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Quando me amei de verdade

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome…Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é…Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de… Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é… Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável… Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama… Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é… Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei menos vezes.
Hoje descobri a… Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é…Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é… Saber viver!!!


Fonte: http://charliechaplin.wordpress.com/2007/06/07/quando-me-amei-de-verdade/

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Mário Quintana e o "casamento"




Em maio de 98, escrevi um texto em que afirmava que achava bonito o ritual
do casamento a igreja, com seus vestidos brancos e tapetes vermelhos, mas
que a única coisa que me desagradava era o sermão do padre:

- "Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença,
amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?" Acho simplista e
um pouco fora da realidade. Dou aqui novas sugestões de sermões:
- Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim
respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não
pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?
- Promete saber ser amiga(o) e ser amante, sabendo exatamente quando devem
entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de
dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?
- Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma
via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?
- Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser
feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor
conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como
você a ela?
- Promete se deixar conhecer?
- Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que
não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?
- Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por
vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem
independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?
- Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar
risadas dos outros?
- Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que
sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo
sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria
solidão, que casamento algum elimina?
- Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na
igreja?

Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declaro-os
maduros.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Ah, o amor...

Crônica do Amor

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?

Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

Arnaldo Jabor

domingo, 4 de abril de 2010

Oração da Páscoa

Páscoa significa renascimento, renascer.

Desejo que neste dia, em que nós cristãos,

comemoramos o Seu renascimento para a vida eterna,

possamos renascer também em nossos corações.

Que neste momento tão especial de reflexão

possamos lembrar daqueles que estão aflitos e sem esperanças.

Possamos fazer uma prece por aqueles que já não o fazem mais,

porque perderam a fé em um novo recomeçar,

pois esqueceram que a vida é um eterno ressurgir.

Não nos deixe esquecer

que mesmo nos momentos mais difíceis do nosso caminho,

Tu estás conosco em nossos corações,

porque mesmo que já tenhamos esquecido de Ti,

Você jamais o faz.

Pois, padeceste o martírio da cruz em nome do Pai

e pela humanidade,

que muitas e muitas vezes esquece disso.

Esquecem de Ti e do Teu sacrifício

Quando agridem seu irmão,

Quando ignoram aqueles que passam fome,

Quando ignoram os que sofrem a dor da perda e da separação,

Quando usam a força do poder para dominar e maltratar o próximo,

Quando não lembram que uma palavra de carinho, um sorriso,

um afago, um gesto podem fazer o mundo melhor.

Jesus...

Conceda-me a graça de ser menos egoísta,

e mais solidário para com aqueles que precisam.

Que jamais esqueça de Ti e de que sempre estarás comigo

não importa quão difícil seja meu caminhar.

Obrigado Senhor,

Pelo muito que tenho e pelo pouco que possa vir a ter.

Por minha vida e por minha alma imortal.

Obrigado Senhor! Amém.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Capeletti in Brodo

Ingredientes:
- 3 litros de água
- 1 peito de frango sem pele
- 1 colher (sopa) sem sal
- 1 cenoura ralada
- 500g de capeletti
- 1 cubo de caldo de galinha
- 1 pitada de noz-moscada
- 1/4 xícara (chá) de salsa e cebolinha picadas
- Sal a gosto

Preparo:
Ferva a água e acrescente o peito de frango, o sal, a cenoura e deixe cozinhar durante 1 hora. Retire o peito de frango e reserve. Junte o capeletti e acrescente o caldo de galinha. Tampe a panela e deixe ferver por 10 minutos, caso prefira o capeletti al dente. Se quiser a massa mais mole, cozinhe mais alguns minutos. Adicione noz-moscada. Desfie o peito de frango e adicione a sopa, junto com a salsa e a cebolinha. Acerte o sal e sirva.

Promessa do destino - Terê Penhabe

 
Eu violento a madrugada
buscando nessa longa estrada
um fim para os meus anseios...
há indocilidade na alma.

O que eu mais aprecio
a mão única desse caminho
que não permite voltar
tem como roteiro, o destino.

Antes de partir daqui
venci a tristeza e a solidão
que envolveram meu coração
na alvorada da vida.

Venci até mesmo a certeza
do meu sonho desmantelado
venci forte correnteza
e uma guerra sem soldados.

Venci muitas ilusões
que a mim se apresentavam
pareciam preciosas
mas de latão não passavam.

Venci até meus próprios sonhos
que tanto foram açoitados
e insistiam em renascer
devolvendo-me ao passado.

Venci a farsa e a mentira
de tudo que ouvi um dia
venci até o abandono
por isso eu estou aqui.

Quero essa terra encantada
que ouvi alguém falar
onde as pessoas se amam
e vivem sempre a cantar.

Onde a chuva não maltrata
onde o vento não castiga
onde as ondas do mar
abraçam-nos e acariciam.

É para lá que estou indo
nessa viagem sem volta
para cobrar do destino
uma das promessas feitas.

Quero o meu amor menino
crescendo junto comigo
na mansidão de um sorriso
envolto em muito carinho.

Quero ver o sol nascer
segurando em sua mão
ver o nosso amor crescer
ignorando a paixão.

E quero mais, muito mais
eu nem saberia dizer
quero tudo que a vida
tenha para oferecer.

E de tudo que eu consiga
só dividir com você!

              Itanhaém, 13/09/2003
               http://www.amoremversoeprosa.com/243promessadodestino.htm